Texto introdutório para as aulas
especiais do Projeto Sagres – Anglo - Lorena, Guaratinguetá, Pindamonhangaba e
Cruzeiro.
O
futuro pensando para os anos 2000 – desenho os JETSONS
“O futuro não
é mais como era antigamente” (RUSSO, 2001). A frase da música Índios da
banda Legião Urbana, do ano de 1986, denuncia aquilo que Boaventura de
Souza Santos explica como
o futuro prometido pela modernidade não
tem, de fato, futuro. A verdade é que, depois do século de modernidade, o vazio
do futuro não pode ser preenchido nem pelo passado nem pelo futuro. O vazio do
futuro é tão só um futuro vazio. (SANTOS, 2001, p.19).
O historiador
inglês Eric Hobsbawn coloca que:
Se a humanidade quer ter um futuro
reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se
tentarmos construir o terceiro milênio nessa base, vamos fracassar. E o preço
do fracasso, ou seja, a alternativa para uma mudança da sociedade, é a
escuridão.(1995, p.562)
Muitas vezes a própria História foi escrita na penumbra de meias
verdades, oferecendo uma ideia concomitante com uma frase atribuída à Napoleão
Bonaparte, “a História é um conjunto de mentiras
sobre as quais se chegou a um acordo.” Outras vezes
use-se esta ciência não apenas de forma inequívoca sobre o passado, como também
sobre o futuro, sendo usada para “adivinhar” o que poderia acontecer. Ela,
quanto muito, aponta algumas pistas, mas não é uma bola de cristal.
É
importante ressaltar que a História já possuiu várias visões de interpretação,
que chamamos de Historiografia, apresentando 03 grandes correntes:
1.Positivismo: esta corrente se baseava nos fatos,
nos personagens (heróis) históricos, datas, enfim, na objetividade não
reflexiva dos eventos.
2. Marxismo: para esta corrente a história é
explicada pelo materialismo histórico, ou seja, os fatores econômicos, em
especial, a luta de classes determinam a explicação histórica.
3. Escola dos Annales (História Nova): a organização de um povo, a maneira
como viviam, se organizavam, se relacionavam, o seu cotidiano e a produção
cultural são importantes para escrever a História.
Hoje
vemos essas correntes ainda presentes, misturadas e possibilitando novas
interpretações e interessantes refutações sobre o passado. Neste sentindo
vários livros estão sendo publicados, lançando luzes sobre o passado.
Evidentemente que é preciso ter cuidado com certas visões, contudo veremos em
nossa aula alguns questionamentos algumas curiosidades e até mentiras
históricas.
Interessante
que estas questões historiográficas estão aparecendo, por exemplo, no ENEM
(Exame Nacional do Ensino Médio), observe abaixo uma questão do ano de 2010 que
discute, em sua essência, diferentes visões sobre a Guerra do Paraguai:
Quantas
mentiras (ou versões) não podemos ter sobre o indígena e negro na História do
Brasil Colonial? A Guerra do Paraguai foi mera arquitetura da Inglaterra? A Escola
de Sacres foi lenda? Qual a verdade sobre personagens como Aleijadinho, Santos
Dumont, Tutancâmon, Buda, Marco Polo, Cleópatra, Carlota Joaquina e Gandhi? A História
da América Latina se revela apenas como uma veia aberta?
Tantos
questionamentos são possíveis, pois “resumindo tudo, as causas, em história
como em outros domínios, não são postuladas. São buscadas.” (BLOCH, 2001,
p.159). São algumas pistas sobre esta busca que trataremos em aula.
É isso
ai,
Força
Sempre = ]
Fontes de Pesquisa:
Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil – Leandro Narloch – Ed. Leya, 2010.
Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil – Leandro Narloch – Ed. Leya, 2010.
Guia
do Politicamente Incorreto da América Latina – Leandro Narloch e Duda Teixeira
– Ed. Leya, 2011.
Referência Bibliográfica:
BLOCH, Marc. Apologia da História ou Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX:
1914-1991. São Paulo Companhia das Letras, 1995.
RUSSO, Renato. Índios. Intérprete: Legião Urbana. In LEGIÃO
URBANA, Como é que se diz eu te amo. Rio de Janeiro: EMI. P.2001. 1 CD,
Faixa 09.
SANTOS, Boaventura de
Souza. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São
Paulo: Cortez, 2001.
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