13 de jan. de 2018

Nossos muros da vergonha

Durante a Guerra Fria o famigerado Muro de Berlim, que separava em concretos a cidade, virtualmente a Alemanha e ideologicamente o mundo em dois, um o capitalista e o outro o socialista, era conhecido como muro da vergonha! Uma vergonha para a humanidade que não conseguia conviver com ideais diferentes e precisava demarcar território. Não conseguia?

Muro de Berlim em queda em 1989 - SAIBA MAIS SOBRE AQUI

Muros ao longo do tempo e na atualidade não faltam, continuamos sendo vergonhosamente separados. Porém nossa maior separação, ao menos em nossa realidade ocidental-brasileira, tem sido as barreiras ideológicas, muito bem materializadas no mundo virtual.

As redes sociais são verdadeiras arenas de gladiadores ideológicos - para dizer “a” verdade é que em todos os lados há os bem-informados, os mal-intencionados, os que estudam e os que sabem tudo pelos memes - e isso tem nos divididos de forma brutal e com danos que serão irreversíveis em curto prazo.

Com isso estamos pobres - paupérrimos - nos debates ou será que debatemos?  Será que enquanto sociedade nós estamos nos escutando ou apenas defendendo o nosso lado do muro?

A questão é quando se defende um lado não é possível ver o outro lado do muro, assim nos tornamos insensíveis e carentes - de forma vergonhosa - para rotular os outros para além de nossa “perfeita” muralha de ideias.

Isso tudo tem tornado as pessoas incapazes de exercer sua mais profunda humanidade e ser humano é entender sua condição planetária, é conseguir ter suas ideologias e mesmo assim ser capaz de construir de pontes que consigam ir de encontro ao outro em suas mais profundas necessidades.

Die Zugbrücke, 1888.- Vincent van Gogh (em animação) - PRECISAMOS DE PONTES 


Parece romantismo falar assim, no entanto, é preciso ter a crença (a eterna esperança) que não seremos para sempre gladiadores de ideias que arquitetam apenas mais muros de desinformação e de verdades “absolutas”.



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