BORA PENSAR ? - O complexo sobre o passado melhor

“Nada do que foi será

De novo do jeito que já foi um dia

Tudo passa

Tudo sempre passará” - Lulu Santos

Uma música nostálgica dos anos 80 para nos lembrar de que tudo passa e que épocas passadas tem o seu devido lugar no PASSADO. Claro que não podemos radicalizar afinal o passado não está ai para ser descartado, pelo contrário, porém existe um determinado e massacrante saudosismo da vovó que persiste em bordões tais como “no meu tempo que era bom”, “antigamente não tinha isso”, etc.

Quando falamos sobre cultura e música isso fica bastante evidente, mas será que é justo que uma época se considere melhor que a outra? Será que o presente é sempre pior do que outrora?

A produção cultural de um país depende muito de um conjunto de fatores que vão muito além do gosto musical. Levemos em consideração vários contextos: social, educacional, fonográfico e a variedade de produções culturais advindas da Internet com a sua pluralidade. (Viva a diversidade)

Nos anos 80 éramos reféns das músicas que saiam apenas em discos e fitas, muita coisa só se ouvia quando tocava nas rádios ou nas emissoras de televisão.  Lançar uma música independente de grandes gravadoras era quase utopia ou coisa de gente muito (muito) rica. 

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Hoje qualquer pessoa pode se lançar e obvio que quando isso acontecer abre espaço para tudo que se possa imaginar. Isso é ruim? Em alguma medida abre-se uma caixa de pandora, por outro lado temos uma diversidade incrível para todos os gostos. Uma diversidade que representa vários setores sociais e culturais.

Gosto é gosto. 

Pode-se até discutir a qualidade e não devemos aceitar músicas que enalteçam preconceitos e violências, porém precisamos entender os contextos e ter um olhar menos da vovó que só tem olhos para o passado.