(Nem tão rápido dessa vez)
Professor Rafael Noronha
O nosso feriado de hoje celebra a Independência do Brasil e esse tema oferece as mais diversas discussões a começar pela imagem do próprio DOM PEDRO (mais tarde D. Pedro I) que já foi colocado como simples mulherengo, como um grande herói e como autoritário.
Nessas três características há um pouco de verdade, mas vale destacar que a historiografia atual rejeita bastante a ideia de herói(também não me agrada, afinal ele foi bastante esperto). No entanto, isso não desqualifica o seu papel no contexto da independência. O seu autoritarismo, apesar das críticas, foi responsável para que o Brasil não se fragmentasse em várias nações após a independência.
A grande palavra-chave quando se fala sobre esse assunto é PROCESSO, pois o Brasil vinha conquistando sua liberdade a partir de uma era de intensas mudanças:
- Século XIX – movimentos emancipacionistas, que não trouxeram a independência, mas causaram rachaduras no Sistema Colonial.
- 1808 – A Corte Portuguesa de D. João VI (pai de Dom Pedro) foge de Portugal para o Brasil, escapando das tropas de Napoleão Bonaparte.
- 1815 – D. João VI promove o Brasil à condição de Reino Unido com Portugal e Algarves.
- 1817 – As tropas de D. João VI sufocam a revolta republicana de Pernambuco.
- 1821 – Após rebeliões em Portugal, a família Real Portuguesa se vê obrigada a voltar à Portugal, deixando D. Pedro como regente.
- 1822 – No dia 9 de Janeiro, D. Pedro resolver ficar no Brasil, contrariando as ordens de Lisboa e, no dia 7 de Setembro, proclama a independência.
A tela de Pedro Américo nos serve para analisar seus erros e não mais para servir com representação de um ato heroíco.
Outro ponto que alunos e vestibulandos precisam estar atentos é sobre a tela de Pedro Américo, “Independência ou Morte”, que passa uma ideia irreal sobre o 7 de setembro. Não foi um momento heróico e intempestivo de D. Pedro, mas uma necessidade estudada anteriormente e encorajada por José Bonifácio (considerado o patriarca da Independência e ministro de D. Pedro) e por sua esposa, D. Leopoldina.
Quando D. Pedro estava indo para São Paulo (de mula e com uma baita diarréia), após uma Jornada pela Província, recebeu dois mensageiros com cartas de José Bonifácio, de D. Leopoldina e do cônsul inglês no Rio de Janeiro, Henry Chamberlain. As três mostravam que a situação não estava nada boa e que poderia haver um confronto separatista no Brasil e que ele só tinha dois caminhos, voltar para Portugal, tornando-se prisioneiro das cortes de Lisboa ou proclamar a Independência do Brasil.
Leopoldina foi bem enfática:
“O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para Monarca. O Pomo está maduro, Colhei-o já, senão apodrece”.
Segundo relatos do Padre Belchior não houve sob as colinas do Ipiranga o brado de Independência ou Morte, expressão que teria sido usada posteriormente apenas. O testemunho do Padre nos dá conta desse momento histórico e da fala de D. Pedro:
“As cortes nos perseguem, chama-me com desprezo, de rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações, nada mais quero do Governo português e viva a liberdade do Brasil”
A independência após o dia 7 de Setembro de 1822 continuou em processo de consolidação e a partir daí a ser construída a nação brasileira, com todos os descaminhos que nos trazem até os dias atuais!
“O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para Monarca. O Pomo está maduro, Colhei-o já, senão apodrece”.
Segundo relatos do Padre Belchior não houve sob as colinas do Ipiranga o brado de Independência ou Morte, expressão que teria sido usada posteriormente apenas. O testemunho do Padre nos dá conta desse momento histórico e da fala de D. Pedro:
“As cortes nos perseguem, chama-me com desprezo, de rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações, nada mais quero do Governo português e viva a liberdade do Brasil”
A independência após o dia 7 de Setembro de 1822 continuou em processo de consolidação e a partir daí a ser construída a nação brasileira, com todos os descaminhos que nos trazem até os dias atuais!
Fonte de Pesquisa:
PASIN, José Luiz. A Jornada da Independência. Vale Livros: Guaratinguetá, 2002.
Giulio Carlo Carotti n°10 1°EM
ResponderExcluireu acho que essa história de brado no Ipiranga....
foi ideia do Dom Pedro mesmo para se colocar como personagem principal da independência e para ser lembrado nos livros de história do mundo inteiro como tal.
Ana Luiza e Larissa Regnier
ResponderExcluirN° 28 e 18
A gente achou interessante a foto de José Bonifácio que a gente não conhecia e o nome de Dona Leopoldina ...
Também gostamos de aula para nosso estudo , é muito importante para nós !
Obrigado por ser quem você é O Rafael .