Estamos acompanhando desde o ano passado todas as grandes mudanças que estão rolando no mundo árabe! Todo processo revolucionário está longe de chegar ao seu desfecho, ainda temos muitos pontos de interrogação, como é o caso da Síria.
As manifestações contra o governo iniciaram na cidade de Deraa, no sul
da Síria, em março do ano passado, quando um grupo de pessoas se juntou para solicitar a libertação de 14 estudantes de uma escola.
Eles haviam sido presos e supostamente torturados por terem escrito no mural do colégio o lema dos revolucionários no Egito e na Tunísa " As pessoas querem a queda do regime". A manifestação pedia somente a liberdade dos estudantes e não a deposição do presidente Bashar al-Assad. Porém o governo agiu com intensa violência, matando manifestantes. A partir disso iniciou-se uma onda de protestos por todo o país.
Eles haviam sido presos e supostamente torturados por terem escrito no mural do colégio o lema dos revolucionários no Egito e na Tunísa " As pessoas querem a queda do regime". A manifestação pedia somente a liberdade dos estudantes e não a deposição do presidente Bashar al-Assad. Porém o governo agiu com intensa violência, matando manifestantes. A partir disso iniciou-se uma onda de protestos por todo o país.
O conflito tem sido tão intenso que segundo a ONU mais de 9 mil pessoas já morreram em uma guerra civil em prol democracia. Bashar al-Assad está no poder desde 2000, sucedendo seu pai Hafez al-Assad, que governou o país entre os anos de 1971 e 2000, quando faleceu.
Cidade de Damasco sendo bombardeada
A Síria conta o apoio da Rússia, que possui ligações econômicas e militares estreitas com o país árabe.
O portal TERRA divulgou nesta manhã a seguinte atualização sobre o conflito:
"A violência se intensifica nas nas principais cidades sírias. Uma nuvem
de fumaça foi vista na manhã de hoje (23) no bairro de Mazzé, a oeste de
Damasco, a capital da Síria. A agência oficial de notícias, Sana,
informou que nesta madrugada o Exército expulsou grupos de terroristas
que se escondiam até em canais de esgoto. Além disso, o agravamento dos
conflitos fez com que a União Europeia (UE) anunciasse hoje que vai
ampliar as sanções à Síria impondo mais restrições aos voos oriundos da
região e a um grupo de 26 pessoas, ligadas ao governo.
Tropas foram enviadas para várias regiões da capital, onde confrontos
foram registrados até de madrugada. As ruas da capital estão
praticamente desertas. Também foram registrados confrontos violentos em
Alepo, a segunda cidade mais importante do país. Há informações, não
confirmadas, de que helicópteros das Forças Armadas bombardearam a
cidade de Homs - símbolo da contestação.
No começo desta manhã, a União Europeia acrescentou mais 26 pessoas e
três entidades na lista que impede a entrada e comércio com o bloco. A
decisão foi tomada em reunião dos ministros das Relações Exteriores da
UE. As sanções incluem ainda o reforço ao embargo de armas ao regime. O
bloco também deverá proibir a entrada da companhia aérea síria no
território europeu.
A França, o Reino Unido e a Alemanha defenderam ainda o reforço da ajuda
humanitária para os refugiados sírios que se exilam principalmente na
Jordânia e no Líbano. De acordo com o Comitê Internacional da Cruz
Vermelha, pelo menos 120 mil refugiados sírios se instalaram na Jordânia
e no Líbano, além da Turquia e do Iraque".
A Primavera Árabe, portanto, ainda está longe de colher todas as flores transformadoras!
É isso ai!
Força sempre