A Revolução Islâmica ocorreu em 1979 no Irã e colocou no poder um grupo de religiosos com práticas antiamericanas e antiocidentais.
Em 1921 o parlamento (Majlis) do Irã proclamou o líder rebelde Reza Kahn como xá (rei) da Pérsia (ainda era assim chamado). O novo governante promoveu reformas educacionais e no judiciário e mudou o nome do país para Irã, para livrar o país da influência estrangeira. Pérsia é de origem grega.
Ao mesmo tempo em que nacionalizou o país, ele também se aproximou dos nazistas alemães, de quem passou a importar tecnologia.
Durante a 2ª Guerra Mundial o país foi invadido pelos aliados e o xá se refugiou para a África, assumindo em seu lugar seu filho Mohammed Reza (ou Reza Pahlevi), de apenas 20 anos.
Na década de 1950 ocorreu uma crise, quando o primeiro-ministro resolveu estatizar as reservas de petróleo de propriedade inglesa, causado oposição por parte dos britânicos e do xá, que perdeu a quebra de braços, sendo expulso do país.
Adivinha quem tentou interferir nesta história?
Os bonzinhos norte-americanos, ajudando a organizar um contra-golpe, que contou com amplo apoio da sociedade. O primeiro-ministro foi preso e o xá voltou ao poder.
Durante a Guerra Fria, o Irã impôs um regime de perseguição a comunistas e a opositores a suas reformas.
A polícia secreta (Savak) manteve centenas de prisioneiros e matou outros tantos. Muitos deles eram clérigos radicais que, depois da queda do xá, subiram ao poder. Um desses religiosos era o Aiatolá Khomeini, que em 1964 foi pego em sua casa e obrigado a deixar o país. Ele virou o símbolo da oposição ao regime e à monarquia.
Em agosto de 1978, o xá atacou abertamente Khomeini em um artigo publicado num jornal. Foi o estopim para greves e manifestações que uniram a oposição.
Em 8 de setembro, uma manifestação acabou em matança nas ruas de Teerã. O dia ficou conhecido como a 'sexta-feira negra'.
Khomeini (em destaque na imagem acima) saiu do Iraque e foi para a França. Ainda que no exílio, as massas gritavam seu nome nas ruas. Em janeiro de 1979, o xá deixou o país para nunca mais voltar, e, depois de 15 dias, o aiatolá enfim voltou ao Irã.
Hoje o Irã é governado por Mahmoud Ahmadinejad (foto abaixo), representante da chamada linha dura dos representantes políticos e religiosos.